Em defesa da Juventude

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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Políticas que garantam a cidadania

É urgente assegurar uma visão integral das políticas sociais para envolver os diversos setores e comunidade, para atender aos adolescentes, pois estes estão numa fase da vida que exige atenção especial da família, das políticas, de modelos e valores. É necessário ter claro os parâmetros de limites, apoio e retaguarda. Mudar as políticas para promover a inclusão, implicando assim em desenvolver os direitos que lhes estão sendo negados. Buscar orientações para uma política de renda, formação, saúde, cultura, esporte e lazer. Programas que garantam a proteção social necessária para atender à crescente demanda de empregabilidade do contingente juvenil, da cidadania inclusiva, que garanta a saúde preventiva, a educação de qualidade.

Segundo Marcos Guerra , estes oito milhões de adolescentes se encontram ausentes dos programas e da atual arena de debates políticos. Criar mecanismo para tratar com igualdade, justiça e com princípios de eqüidade, significa tratar de maneira diferente aqueles que são diferentes. Pois por si só a juventude terá pouquíssima possibilidade de mudar sua situação de vida.

O índice de desemprego no Brasil é altíssimo: 18,4% em março de 2000, segundo o Dieese. Em contrapartida, há uma política de cortes nos investimentos e custeios das áreas sociais. O desemprego e as desregulamentações sobre o mercado de trabalho afundam na angústia milhões de homens e mulheres que não vêem como dar vida digna às suas famílias. Como subprodutos temos, o esfacelamento das famílias, o trabalho infantil, a prostituição infantil e a queda no mundo das drogas.

A Pesquisa do Núcleo de Opinião Pública da Fundação Perseu Abramo, feita no Brasil, entre jovens metropolitanos de quinze a vinte e quatro anos, aponta que 42% dos jovens entrevistados estão em situação de desemprego (sendo que 10% destes buscam seu primeiro emprego). Dos 36% que trabalham, apenas 41% está no mercado de trabalho formal e 59% no informal, sendo que 54% destes jovens recebem até dois salários mínimos.

Para enfrentar essa situação é necessário implementar políticas distributivas de educação básica de qualidade, de garantia de renda mínima para a família que permitirá que seus filhos possam estudar e não tenham que sair da escola para trabalharem garantindo o sustento da família. Apresentar uma formação profissional para o mundo do trabalho, compreendido além da técnica, mais da auto-realização, que leve a aprender, a se compreender e compreender o outro.

A juventude acaba constituindo-se em um dos grupos mais penalizados por estarem privados da participação no mercado. Se não está no mercado está fora da participação das relações sociais. A sua pouca formação e a falta de renda torna-a incapacitada “financeiramente e sem acesso a oportunidades”. Isso provoca uma frustração, sentimento de desesperança. Porém não basta inserir o jovem sem experiência no mercado de trabalho através do primeiro emprego.

A exigência do mercado hoje gerou uma competitividade que visa apenas o lucro e não o ser humano. Há uma exigência de experiência e profissionalização dificultando o ingresso e permanência deste jovem no mercado de trabalho. Faz-se necessário prepará-lo melhor para assumir postos, com uma capacidade de intervir e contribuir não só na produção como também na sociedade. Não basta só o primeiro emprego ou a criação de postos de trabalho informal, é necessário dar as garantias sociais de seguridade.


Vamos juntos e unidos, mudar e assegurar nossa cidadania.

UJRG!